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No Colégio
Liceu Maranhense, uma das escolas tradicionais do Maranhão, o diretor geral,
Deurivan Sampaio, fez uma análise do processo e ressaltou a importância da
comunidade escolar se integrar na escolha de seus representantes. “É importante
essa conscientização dos pais, alunos, professores e funcionários de estarem
participando da gestão, dando mais transparência, além de fazer com que o
processo seja mais participativo, garantindo a democracia na escola”, comentou.
A coordenação
das eleições para os cargos do Colegiado Escolar, biênio de 2016/2018, da Rede
de Ensino Público do Maranhão, está realizando a apuração do pleito, ocorrido
na terça-feira (26). O prazo para que as Unidades Regionais de Ensino (UREs)
encaminhem os relatórios para a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) com os
nomes dos eleitos encerra nesta sexta-feira (29). No entanto, as unidades
escolares que não realizaram as votações devem ter um novo prazo para a
realização do processo, no qual será indicado nos próximos dias pela
Secretaria.
Após a
computação de todos os votos e do procedimento da leitura dos relatórios por
parte dos profissionais da Seduc, em uma data agendada, será realizada a posse
de todos os membros do colegiado.
Já as eleições
movimentaram cerca de 200 mil eleitores, entre estudantes, professores,
servidores escolares e pais de alunos. O processo foi acompanhado pela equipe
de gestores da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), nas 19 Unidades
Regionais de Educação. “O colegiado fortalece as ações democráticas no ambiente
escolar e integra a política educacional do governador Flávio Dino, iniciada em
2015 com a eleição direta para gestor escolar. Conta com a representação de
pais, servidores da escola, alunos e professores na tomada de decisões e isso
impacta na melhoria do ensino e prepara nossos alunos para o exercício da
cidadania”, ressaltou a secretária adjunta de gestão das regionais, Rosyjane
Paula, representando o secretário de Educação, Felipe Camarão.
O Colegiado
Escolar é um órgão constituído por representantes dos diversos segmentos da
comunidade escolar – pais, estudantes, professores e demais servidores,
objetivando a participação nas decisões da escola, no âmbito administrativo,
político-pedagógico e financeiro. Emite opiniões, toma decisões, elabora
diagnóstico, fiscaliza, apoia, promove e estimula a comunidade escolar em busca
da melhoria da qualidade do ensino. Além disso, decide e/ou opina sobre
aspectos da vida pedagógica, administrativa e financeira das escolas; delibera
sobre as questões da escola, propondo alternativas e procedimentos para a
melhoria da qualidade do trabalho escolar, respeitando a legislação em vigor;
acompanha e avalia os resultados pedagógicos, administrativos e financeiros da
escola.
Empolgados com
a ideia de contribuir com as decisões que refletiram diretamente nas escolas,
os alunos afinaram os discursos para conquistar os votos dos colegas. “A gente precisa realmente de um
representante que saiba da necessidade da escola e eu quero fazer isso no
colegiado. Aceitei o desafio de falar pelos alunos”, revelou Edson Lucas,
estudante do 2º ano do Centro de Ensino Jornalista João Lisboa (Cejol), em São
Luís, candidato pelo segmento alunos. Ao todo serão escolhidos 8.676 membros
para o Colegiado.
Para Luzinete
Souza Lobato, supervisora escolar do Colégio Militar Tiradentes I, os
candidatos eleitos terão o papel fundamental na fiscalização dos recursos da
escola. “Eles [candidatos ao colegiado] terão a função de auxiliar os gestores
na aplicação dos recursos para o desenvolvimento da escola”, ressaltou.

Na unidade de
ensino, são nove alunos disputando duas vagas, nove pais concorrendo a duas
vagas, dois professores as duas vagas e dois funcionários a duas vagas, todos
respectivamente dentro do seu segmento, além da vaga do gestor do colegiado,
somando um total de nove vagas sendo disputadas. “Após o término da eleição, forma-se o
colegiado com os candidatos que ganharam, e estes têm poder deliberativo e
consultivo, realizando ainda reuniões mensais para debater sobre a questão
pedagógica e administrativa da escola. As decisões passam pelo colegiado
sempre”, disse.
O professor de
matemática Wuimair da Gama Rocha, há mais de 30 anos de profissão, sendo 15
destes dedicado a rede estadual de ensino, especificamente ao Liceu Maranhense,
é um dos candidatos dentro do segmento dos professores. “Essa é uma boa oportunidade para que
possamos alinhar os nossos discursos e debater melhorias para a classe dos
professores e consequentemente a situação do alunado. Precisamos unir forças e
focar nos nossos objetivos”, ressaltou.
Concorrendo
aos cargos no segmento de alunos, os estudantes Abraão Elias de Aguiar, 15,
cursando o 1 º ano no Liceu, e Pâmela Melo, 17, aluna do 3º ano, tem em comum o
desejo de participar das decisões que guiarão o futuro da escola e dos seus
componentes. “Mostrar mais a nossa perspectiva na escola e também contar com a
participação dos alunos de uma forma mais intensa, melhorando a relação de
todos”, relatou Abraão.
Segundo
Pâmela, além de concordar com a linha do discurso do colega de escola, Abraão,
ela acrescenta que com a possível entrada dela no colegiado escolar, estreitará
a relação de proximidade da escola com a Seduc, no intuito de instalar projetos
inovadores na unidade de ensino.
Antes da eleição
cada unidade escolar promoveu atividades de mobilização com realização de
assembleias gerais, depois a homologação das candidaturas e, por último a
campanha eleitoral.
Cada escola
pode eleger de quarto a 16 membros representando os segmentos da comunidade
escolar e seus respectivos suplentes. O presidente do colegiado será eleito
entre os membros eleitos.
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