Tweet
O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB) mandou avisar
que não admite ser cassado. Admite menos ainda ser enviado para casa antes do
impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff. Em privado, Cunha diz que
Michel Temer e os partidos que apoiam o seu governo lhe devem gratidão por ter
deflagrado o golpe. Ignorado, ameaçou reagir. E seu encontro com a guilhotina
foi empurrado para 12 de setembro —uma segunda-feira, dia de quórum fraco.
Contrariando aqueles que esperavam a votação para agosto, o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM) deu nova sobrevida ao antecessor.
Segundo o jornalista Josias de Souza, "empenhado em
evitar confusões que coloquem em risco o afastamento de Dilma, o Planalto
celebra o silêncio de Cunha". Ele complementa: "Na Câmara, o mutismo
da maioria evidencia o poder de fogo do personagem. Nesse cenário, basta que um
deputado agache no plenário para ser considerado um político de grande
altivez".
O jornalista Kennedy Alencar faz avaliação semelhante.
Para ele, adiar a votação de Cunha para 12 de setembro "mostra que o
governo e boa parcela da Câmara temem segredos que Cunha possa tornar
públicos" e "uma clara articulação para facilitar a vida do
ex-presidente da Câmara".
"Aprovar o impeachment de Dilma e dar a Cunha a
chance de escapar confirma o uso de dois pesos e duas medidas e reforça a tese
de um golpe parlamentar contra a petista", ressalta.
Ele pontua que "será um escândalo realizar essa
votação num dia de baixa presença no Congresso Nacional". "Como são
necessários 257 votos dos 513 deputados para que Cunha seja cassado, essa data
é um presente para o peemedebista e um tapa na cara da sociedade diante da
quantidade de acusações graves que pesam contra ele", diz.
Postado por Joel Neto
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do Blog do Walney Batista. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas pessoais, preconceituosos, ou que incitem o ódio e a violência.
Obrigado por nos acompanhar!