Fátima Oliveira
Foi com "arte e manha" que o negro Domingos Dutra,
60, advogado, nascido no Quilombo Saco das Almas (Brejo-MA), em Paço do Lumiar
(MA), pelo PCdoB, saiu vitorioso nas eleições de 2016 e entrou de cabeça
erguida para a história do município.
Dutra foi o primeiro prefeito de esquerda de Paço do Lumiar,
na ilha de São Luís, a quarta cidade mais antiga do Maranhão, virou município
em 1959. Desde 1965 era dominada por apadrinhados do Futi (como Dutra chama
Sarney): dois condenados por corrupção quando prefeitos, Bia Venâncio (2012) e
Gilberto Arôso (2016), um dos adversários que ele derrotou.
Dutra fez os “Diálogos por Paço” (jornada similar ao caminho
vitorioso percorrido pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), durante
a campanha de 2014, nos “Diálogos pelo Maranhão”) e uma campanha franciscana,
de rua em rua, a pé, de microfone em punho, sob o mote “Vamos juntos tirar Paço
do Lumiar da escuridão”.
Domingos Dutra respondeu na prática - e com sucesso - à
pergunta que um militante fez ao governador maranhense: “Como vamos fazer
campanha sem dinheiro?”. Flávio Dino teria respondido algo assim: “Ah, pois são
dois que não sabem! Vai ter de ser assim. Vamos ter de aprender e vencer.”
*Conteúdo extraído e editado do texto "Saber ousar, à
moda antiga ou moderna, exige arte e manha", escrito pela médica,
escritora e feminista Fátima Oliveira, e publicado originalmente no jornal O
Tempo.
Fonte: Portal Vermelho
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