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Hora da bancada federal, população e todas as forças
políticas progressistas unirem-se para exigir do governo federal a atenção que
nosso Estado merece.
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Radialista, jornalista. Secretário adjunto de Comunicação Social e diretor-geral da Nova 1290 Timbira AM. |
Por Robson Paz
Estradas federais deterioradas. Duplicação da BR-135
paralisada. Minha Casa, Minha Vida em marcha lenta. Ameaça de cortes em
recursos da saúde e educação. É grave a política reducionista de investimentos
e a desatenção do governo federal com a população do Maranhão.
Parte das rodovias federais, que cortam o Estado, está com a
estrutura comprometida e pondo em risco a vida de condutores. Mas o símbolo
maior da inação do governo federal, no Estado, é o trecho inconcluso da BR-135,
do Campo de Peris a Bacabeira. A obra iniciada, há cerca de cinco anos, foi
paralisada pela enésima vez. Nem as centenas de vidas ceifadas no local parecem
suficientes para sensibilizar as autoridades federais.
A cada nova tragédia o assunto volta à tona. Na prática,
pouco tem sido feito para concluir a obra. O governador Flávio Dino propôs que
União repassasse a responsabilidade pela conclusão da rodovia ao governo do
Estado. Em vão.
Ao assumir o governo, o presidente Michel Temer enviou ao
Maranhão o ministro dos Transportes, que visitou o aludido trecho da BR-135. No
entanto, a realidade é a mesma. Abandono do canteiro de obras e o perigo
constante rodando a estrada, esburacada, sem iluminação, acostamento e animais
pela pista. Convite ao infortúnio.
A paralisação das obras do Minha Casa Minha Vida tem duplo
prejuízo para os maranhenses. Primeiro, porque cidadão de baixa renda, sem
acesso à casa própria, tem dificuldades para realizar o sonho de deixar o
aluguel ou a moradia subumana. Depois, a escassez dos postos de trabalho
advindos da construção civil. Em consequência, perde também o comércio, face à
redução do poder de compra dos trabalhadores. Ciclo que compromete em grande
medida a atividade econômica.
Não bastasse isso, recentemente, o governo federal ameaçou
cortar recursos de duas áreas vitais para o desenvolvimento do Estado. Na
educação, corte de R$ 224 milhões com a antecipação do pagamento de repasses
feitos ao governo do Estado pela União. Na saúde, redução em R$ 7,5 milhões nos
repasses para média e alta complexidade dos municípios de São Luís, Imperatriz,
São José de Ribamar, Amarante do Maranhão, entre outros.
Em ambos os casos, as medidas drásticas e danosas para o
Estado só não foram efetivadas devido à ação firme da bancada federal na Câmara
dos Deputados, coordenada pelo deputado Rubens Júnior (PCdoB).
A despeito de festejado prestígio político de velhas raposas
da política maranhense junto ao presidente Michel Temer, os maranhenses têm
experimentado um dos menores investimentos federais, no Estado. Até parece que
o tal prestígio funciona às avessas. Nunca é demais lembrar a luta travada pelo
governo do Maranhão, no Senado Federal, em meados da década passada, para
liberar um simples empréstimo junto ao Banco Mundial para combater a pobreza
extrema.
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