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Nos últimos dois anos e meio, os hospitais da rede estadual
maranhense passaram a contar com tecnologias pioneiras no estado. São
ferramentas que, junto com o treinamento dos profissionais, permitiram
cirurgias inéditas e atendimentos de ponta no Maranhão.
A UTI Materna do Maranhão, inaugurada em abril na
Maternidade Marly Sarney, é um dos exemplos de pioneirismo no estado. É a
primeira unidade desse tipo no Maranhão. Além disso, é a única UTI da rede
pública do estado com um sistema de monitoramento da situação clínica de cada
paciente via celular. A tecnologia facilita o acompanhamento das pacientes na
UTI materna pela equipe médica.
Outro marco foi estabelecido no fim do ano passado, quando o
Hospital de Câncer Dr. Tarquínio Lopes Filho, em São Luís, fez com sucesso uma
cirurgia que nunca havia sido experimentada no estado. Trata-se da
Quimioterapia Intraperitoneal Hipertérmica. O procedimento não tinha sido
executado nem mesmo nas clínicas privadas mais equipadas do Maranhão.
A cirurgia foi feita pelo médico Leonaldson Castro, do
Instituto Nacional do Câncer (Inca). “Ter um hospital da rede pública como o
primeiro a realizar essa cirurgia reafirma sua referência no tratamento do
câncer e mostra uma equipe preparada para prestar à população maranhense uma
assistência especializada e com a mesma capacidade de outros grandes centros do
país”, afirmou o especialista na ocasião.
Atendimento regional
O Hospital Macrorregional Dr. Everaldo Ferreira Aragão, em
Caxias, realizou recentemente a primeira cirurgia de coluna da região. O paciente
foi Hugo Fernando Alves, 27 anos, que sofreu um acidente de moto e vinha
sentindo muitas dores na coluna, além de espasmos nas pernas.
“As dores passaram 100% e eu gostei bastante do atendimento. A estrutura
do hospital também é ótima”, diz o paciente, que ainda passou por
cirurgia plástica reparadora para recuperar parte do couro cabeludo. A cirurgia
faz parte da ampliação da oferta de serviços do Hospital de Caxias na área de
neurocirurgia, que inclui cabeça e coluna.
Também recentemente, a população da região de Presidente
Dutra passou a ter acesso ao implante de marcapasso transvenoso, considerado
essencial para o atendimento de pacientes com complicações cardíacas. O
implante foi realizado pela primeira vez no Hospital Macrorregional de Urgência
e Emergência de Presidente Dutra.
O procedimento passou a ser possível após a aquisição de um
aparelho marcapasso cardíaco provisório. O aparelho, que é externo, é
implantado no paciente e permanece até que o procedimento específico seja
realizado. Após a extração, o aparelho retorna para o hospital. “É uma
cirurgia extremamente necessária para idosos. O que o aparelho faz é substituir
as fibras elétricas do coração, que no caso dos idosos já estão muito
desgastadas, prolongando o tempo de vida desse paciente até que ele esteja
preparado para um procedimento mais específico”, diz o médico
cardiologista responsável pela cirurgia, Victor Castro.
Transplante de pele
Além de fazer a primeira cirurgia da coluna da região, o
Hospital Macrorregional de Caxias realizou outro procedimento inovador no
Maranhão. Foram quatro transplantes de pele em pouco menos de um ano. “A
gente nem esperava que a recuperação fosse tão rápida como está sendo. Aqui,
tudo o que eles fazem é um sucesso”, diz o lavrador Marcelino Saldanha,
de 57 anos, um dos quatro pacientes.
Outra paciente, Joseane Rodrigues, de 31 anos, sofreu um
acidente de moto e teve parte da pele da perna necrosada. “Eles tiraram uma parte da minha
barriga para colocar na perna. Isso tirou aquele sofrimento da dor na hora de
fazer o curativo. No hospital, fiz oito cirurgias em cinco meses e fui muito
bem tratada”, conta.
Outro hospital macrorregional, o Dra. Ruth Noleto, em
Imperatriz, passou a oferecer desde o início do ano atendimento na área de
dermatologia e cirurgias torácicas, além das cirurgias gerais e ginecológicas
que já eram realizadas no hospital. Os serviços fazem parte de um conjunto de
ações para combater o câncer.
E neste mês de junho, o Hospital Dr. Carlos Macieira recebeu
o chamado powerbreathe. “O aparelho melhora a força muscular do
paciente para que ele possa respirar melhor. Com isso, conseguimos diminuir os
riscos de pneumonias e da utilização de antibióticos”, diz o supervisor
técnico das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), Gustavo Arouche.
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