Tweet
Desde que veio a público a delação da JBS, que jogou o
presidente no centro da crise política nacional, a impopularidade do
peemedebista aumentou. Hoje sua gestão é considerada ruim ou péssima por 69% do
eleitorado e regular por 23%. Considerado ótimo ou bom por apenas 7% da
população.
Na comparação, em setembro de 1989, Sarney chegou a 68% de
ruim ou péssimo e 24% de regular.
O novo levantamento do Datafolha, feito entre quarta-feira
(21) e esta sexta-feira (23), com 2.771 entrevistados, mostra Temer com a
avaliação em queda.
Dois meses atrás, a sua taxa de ruim e péssimo estava em 61%
e a de ótimo ou bom, em 9%. Aqueles que o consideraram regular somavam 28% no
final de abril.
Não souberam responder como avaliam hoje o governo Temer 2%
dos entrevistados. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais e
para menos. A nota do presidente caiu de 3 para 2,7.
A situação de Temer é pior que a de Dilma Rousseff (PT) às
vésperas de ela sofrer impeachment. Em abril de 2016, a petista tinha 13% de
aprovação e 63% de reprovação.
JOESLEY
Temer foi gravado secretamente em março deste ano pelo
empresário Joesley Batista, da JBS, em uma conversa tarde da noite fora da
agenda no Palácio do Jaburu em que ambos trataram da relação com o deputado
cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso.
O áudio foi entregue como prova na delação do empresário e
deverá subsidiar três denúncias contra Temer elaboradas pela Procuradoria-Geral
da República por corrupção passiva, obstrução de justiça e organização
criminosa. As peças ainda não foram apresentadas ao STF (Supremo Tribunal
Federal) e, quando o forem, deverão ser remetidas à Câmara dos Deputados. Ao
envolver o Congresso, a situação de Temer se torna ainda mais frágil.
Ele é acusado por Janot de ter dado o seu aval para que
Joesley comprasse o silêncio de Cunha e de seu operador Lucio Funaro, que estão
presos e ameaçam delatar.
MULHERES E JOVENS
A reprovação de Temer está em patamar comparável ao de Dilma
em agosto de 2015, quando a petista atingiu 71% de ruim ou péssimo.
No histórico do instituto, além de Sarney, apenas Fernando
Collor (PTC) obteve índices tão negativos quando Dilma e Temer ao alcançar 68%
de ruim e péssimo, em setembro de 1992, ao sofrer impeachment.
O cenário fica mais desfavorável para o presidente Temer
entre as mulheres, os jovens e os mais pobres, em comparação com a média da
população.
Sua taxa de ruim e péssimo chega a 73% entre o eleitorado
feminino, a 74% entre os eleitores de 25 a 34 anos e a 71% para aqueles cuja
renda familiar mensal é de até dois salários mínimos.
No Nordeste, a reprovação a Temer fica acima da média, 77%,
e no Sul, abaixo: 61%.
Entre os entrevistados com ensino fundamental completo, a
reprovação de Temer fica em 64% e sobe para 71% entre aqueles que concluíram o
ensino médio e 70% entre os com superior completo.
Um grupo que lhe concede alguma trégua é a do eleitorado de
renda média familiar superior a dez salários mínimos. Nessa parcela da
população, seu governo é considerado bom ou ótimo por 15%, regular por 30% e
ruim ou péssimo por 55%.
A análise por renda da avaliação de Temer coincide com a de
sua agenda econômica, da qual os mais ricos são menos críticos que a média da
população, em especial no que se refere à proposta de reforma da Previdência
Com informações da Folha de São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do Blog do Walney Batista. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas pessoais, preconceituosos, ou que incitem o ódio e a violência.
Obrigado por nos acompanhar!