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O vice-governador Carlos Brandão está em Pequim, na
China, desde quinta-feira (31), coordenando uma comitiva de maranhense que
cumpre, até o início da próxima semana, agenda de trabalho com setores públicos
e empresarias com o objetivo de consolidar novos investimentos no Maranhão. Os
secretários estaduais Pierre Januário (Programas Especiais) e Simplício Araújo
(Indústria e Comércio) integram a comitiva.
Os representantes do governo maranhense participam de
debates voltados para empreendimentos que podem incrementar o desenvolvimento
do estado. Um exemplo é o ‘Brazil + China Challenge 2017’, evento que reúne
pensadores como o senador Cristovam Buarque; o prefeito de Fortaleza, Roberto
Cláudio; o ex-secretário nacional de Justiça, Beto Vasconcelos, dentre outras
personalidades brasileiras e chinesas.
Em pauta, discussões envolvendo governança, mobilidade
urbana, desafios estruturais e demais temas contemporâneos que podem garantir
transformações essenciais nos países participantes das discussões. O Maranhão
foi convidado a fazer parte dos debates coletivos e deve dar a sua contribuição
até o último dia do evento. Paralelamente, a comitiva maranhense também tem
cumprido compromissos que dizem respeito a novos investimentos para os ramos da
siderurgia e da refinaria-petroquímica.
Agenda
No primeiro dia em Pequim, os maranhenses conversaram com
membros da ‘New Development Bank’, da China Huanqiu Contracting &
Engineering Co., Ltd. (HQC) e do grupo Sinopec. Todas as conversações tiveram
como pano de fundo a cooptação de investidores e fontes de recursos para
grandes empreendimentos no Maranhão. Algumas destas agendas contaram, também,
com a presença do deputado federal José Reinaldo Tavares e de membros da
empresa do ramo da siderurgia que deve se instalar em nosso estado, a CBSteel.
Um dos debates mais importantes envolvendo o Maranhão,
sempre realizados sob a coordenação do vice-governador Carlos Brandão, foi
sobre a refinaria-petroquímica que está, agora, em fase final de escolha de um
parceiro tecnológico e operacional. Nos bastidores, existe uma forte disputa
entre a Índia e a China. Os indianos estiveram pelo menos duas vezes no
Maranhão e expressaram o mais forte interesse em assumir o comando da
instalação da refinaria-petroquímica. Atualmente, são pelo menos quatro grupos
distintos da Índia que vem trabalhando há mais de um ano em toda a parte
técnica, inclusive tendo completado estudos e apresentado propostas.
A China, no momento, está à frente das propostas de
investimentos com as melhores soluções. Em especial, por conta dos amplos
debates que realiza com gestores do Maranhão, além da afinidade política que
existe entre os governos, agora assumindo contornos mais definitivos. O
vice-governador Carlos Brandão e os secretários de Estado estiveram com as duas
mais importantes empresas da China (Sinopec e HQC), as únicas duas em todo o
mundo capazes de realizar, sozinhas, a engenharia, a construção, a fabricação dos
equipamentos e a operação de uma refinaria-petroquímica.
De acordo com o vice-governador Carlos Brandão, a Sinopec
é a alternativa mais consistente, no momento. “Trata-se da maior empresa chinesa em faturamento, a maior empresa de
petróleo do mundo também em faturamento, atingindo 283,6 bilhões de dólares
anuais. É a maior empresa verticalmente integrada de refino e petroquímico do
globo, incluindo no mesmo grupo de tecnologias de refino e petroquímica,
engenharia de refino e petroquímica, construção de refinarias e petroquímicas,
equipamentos para refinarias e petroquímicas bem como operações de plantas de
refinarias e petroquímicas”, pontuou, otimista, o vice-governador. Contudo,
ele afirmou que as portas não estão fechadas e as discussões seguem democraticamente.
O secretário Simplício Araújo lembrou que a Sinopec foi a
empresa internacional com grandes investimentos no Brasil, tendo aportado mais
de 12 bilhões de doláres em apenas dois investimentos no setor de upstream
(parte da cadeia produtiva que antecede o refino). “Vale notar que a Sinopec é a empresa chinesa com maior presença no Irã,
parte essencial da refinaria-petroquímica que deve protagonizar estadia no
Maranhão”.
O vice-governador tem recebido o interesse de outras
empresas de regiões como o Oriente Médio, Europa e também dos Estados Unidos.
Porém, atualmente, o grande foco é definir entre a Índia e a China, campeãs na
expertise voltadas para estes setores de desenvolvimento. Pequim, capital da
China, tem sido o palco das negociações durante a passagem da comitiva
maranhense no país asiático, durante o evento ‘Invest in Brazil’. O alto nível
das negociações inclui o aval do presidente Michel Temer e do presidente Xi
Jinping para novos investimentos entre Brasil e China. O Maranhão está entre os
onze grandes projetos encarados como prioritários para ambas as nações.
No momento, o Maranhão desponta como o estado brasileiro
que mais atrai o olhar de renomados investidores. Para o secretário de
Programas Especiais, Pierre Januário, esse fato reflete o esforço do governo
maranhense em sanar questões que geralmente empacaram as chegadas de
empreendimentos expressivos ao estado, ao longo da história, como é o caso de
questões vinculadas ao meio ambiente, tributos, infraestrutura e política
comercial.
“Estamos empenhados
em viabilizar todo o apoio aos investidores para que possam transitar da melhor
forma possível para dialogar com o Governo do Maranhão e realizar os seus
projetos com toda prioridade e excelência que eles exigirem”, reforçou o
secretário de Programas Especiais. A comitiva maranhense liderada pelo
vice-governador Carlos Brandão participará da cerimônia de assinatura de atos,
prevista para este sábado (2), que compreenderá a Lei de Incentivos Fiscais à
CBSteel.
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