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Paredes de barro, telhado caindo, morcegos voando sobre as
cabeças dos alunos e banheiro emprestado. Assim era o antigo prédio da Unidade
Integrada João Dias Napoleão, substituída por uma escola digna nesta semana
pelo Governo do Maranhão.
Mayara Silva do Nascimento, de 12 anos, conta que
acompanhava, da janela de casa, a evolução de uma obra tão esperada por toda a
comunidade do povoado Centro dos Chagas, em Lago da Pedra.
“Todo dia acordava e ia na janela olhar as obras da escola.
Acompanhei tudo e hoje percebo o quanto essa nova escola vai mudar nossas
vidas”, diz a aluna, enquanto conhece a nova escola.
O novo prédio de alvenaria tem duas salas de aula,
banheiros, cantina, pátio e secretaria. A nova estrutura vai abrigar mais de 50
estudantes do ensino fundamental dos povoados vizinhos e também do Centro dos
Chagas.
A aluna do 6º ano conta ainda que “a escola antiga era muito
ruim. Não tínhamos conforto nenhum, as paredes estavam caindo, tinha morcegos e
era muito abafado”, mas que a coisa ficava pior quando era preciso ir ao
banheiro.
“O banheiro que nós tínhamos que usar era da casa do
vizinho, fica no fundo do quintal, e muitas vezes estava ocupado pelos donos da
casa”, lembra a estudante.
Virada de página
Com investimento de mais de R$ 388 mil por meio do Programa
Escola Digna, a escola representa uma nova página na educação da aluna Jayne
Santos de Jesus, de 14 anos.
“Melhora tudo com essa nova escola porque a gente não vai
mais ter que passar calor e nem ter que beber água trazida de casa. Sempre
sonhei com uma escola bonita e muito boa, mas nunca imaginei que teria uma
assim”, explica a aluna do 8º ano.
Além da U.I José Dias Napoleão, o Governo do Estado também
entregou a U.I Digna Adalgisa de Oliveira Silva, no povoado Centro dos Colados,
em Lago da Pedra, onde Maria de Fatima já ajudou a educar três gerações de
moradores: “Há 28 anos que dou aula para alunos do povoado e hoje já ensino os
netos dos meus primeiros alunos. Infelizmente nunca tivemos condição de ter um
prédio como esse antes”.
“Tínhamos que ficar em locais emprestados ou casas de taipa
que construí tirando madeira do mato. Me sinto realizada em participar de um
momento como esse”, acrescenta a professora.
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