Do Folha de Pernambuco
A segunda fase da Operação Torrentes, denominada Círculo de Fogo, foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (9), pela Superintendência da Polícia Federal (PF) em Pernambuco. A operação apura o desvio de recursos públicos federais e corrupção de oficiais do Corpo de Bombeiros (CB) do Maranhão. Foram desviados cerca de R$8 milhões dos R$ 10 milhões destinados ao combate à seca no Maranhão. Entre os produtos superfaturados, cerca de 30% a mais, estavam filtros e cestas básicas.
A segunda fase da Operação Torrentes, denominada Círculo de Fogo, foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (9), pela Superintendência da Polícia Federal (PF) em Pernambuco. A operação apura o desvio de recursos públicos federais e corrupção de oficiais do Corpo de Bombeiros (CB) do Maranhão. Foram desviados cerca de R$8 milhões dos R$ 10 milhões destinados ao combate à seca no Maranhão. Entre os produtos superfaturados, cerca de 30% a mais, estavam filtros e cestas básicas.
Estão sendo cumpridos sete mandados de prisão preventiva
e nove de busca e apreensão em Pernambuco e no Maranhão, todos expedidos pela
13ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco.
Em Pernambuco, são quatro prisões preventivas, sendo duas
no Centro de Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), uma em Boa Viagem, na
Zona Sul do Recife, e uma Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Além de
dois mandados de busca e apreensão.
Um dos presos é um ex-comandante do Corpo de Bombeiros
Militar do Maranhão. Os mandados em Pernambuco aconteceram no bairro de Boa
Viagem e em Jaboatão dos Guararapes. Os dois envolvidos na primeira fase da
Torrentes, que já estavam presos, continuam presos.
"Todos os presos envolvidos na operação já haviam
sido detidos na primeira fase. Dois deles continuavam presos e dois respondiam
aos processos em liberdade. Um dos presos é ex-comandante-geral do Corpo de
Bombeiros do Maranhão. O outro é um primeiro-tenente que desempenhava funções
administrativas vinculadas às questões de contrato", explicou o
coordenador da operação, Márcio Tenório.
As investigações realizadas após a apreensão de
documentos na primeira fase da operação - que constatou irregularidades da
Secretaria da Casa Militar de Pernambuco no repasse de verbas para a população
atingida pelas chuvas que atingiram a Mata Sul do Estado em 2010 e 2017 -
apontaram o favorecimento de grupos empresariais em contratos firmados com o
Corpo de Bombeiros do Maranhão em 2013 e 2014. Neste caso, o desvio aconteceu
no dinheiro para as vítimas da seca que atingiu o estado nestes anos.
Os investigadores constataram o repasse dos valores
inicialmente creditados pelo CB maranhense na conta da fornecedora investigada
para as contas bancárias de oficiais da instituição. O dinheiro chegava
inclusive a contas de oficiais da alta cúpula e de um operador que era o
encarregado de realizar o repasse dos valores indevidos.
O superfaturamento dos contratos em quase 30% do preço
superior ao de mercado também foi apontado como indício pela equipe de
investigação, composta por cerca de 80 policiais federais e servidores da
Controladoria-Geral da União (CGU). Foi determinado ainda o sequestro dos bens
dos investigados para ressarcir os prejuízos causados aos cofres públicos.
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