Para atenuar os efeitos da crise federal de combustíveis,
o Governo do Maranhão montou uma força-tarefa a fim de garantir a regularidade
dos serviços essenciais. De sexta-feira (25) até esta segunda (28), quase 200
caminhões-tanque foram abastecidos no Porto do Itaqui com aproximadamente 4
milhões de litros de combustível e seguiram para atender a capital e interior
do estado.
Até chegar aos tanques de ambulâncias, viaturas de
segurança, caminhões de limpeza urbana, ônibus e veículos dos cidadãos
maranhenses, o combustível que entra pelo Itaqui faz uma longa viagem que pode
começar nos Estados Unidos ou em uma das refinarias da Petrobras. O Brasil
conta com 17 refinarias – 13 da Petrobras, que respondem por 98,2% da produção
nacional – e outras quatro privadas.
Os granéis líquidos, como gasolina, diesel e etanol,
entre outros derivados de petróleo chegam ao Porto do Itaqui em navios. A carga
é desembarcada e segue por dutos subterrâneos para tanques de empresas especializadas
em armazenagem ou distribuidoras, localizados dentro do porto.
Desses tanques é que a carga segue para os postos,
podendo ser transportada por via rodoviária ou ferroviária, abastecendo o
Maranhão e também sul do Pará, Piauí e Tocantins, chegando até Goiás e Distrito
Federal.
O QAV (querosene de aviação) movimentado no Porto do
Itaqui vem exclusivamente das refinarias brasileiras e segue em
caminhões-tanques até o Aeroporto do Tirirical para abastecer as aeronaves que
aqui pousam.
Outro derivado de petróleo que chega pelo Itaqui é o GLP
(gás liquefeito de petróleo), o gás de cozinha. O Brasil importa da Bolívia
cerca de 30% de sua demanda de gás, que chega ao país por meio de um gasoduto
que é o maior da América Latina, com 3.150 km de extensão. Os outros 70% são
produzidos em refinarias de petróleo nacionais.
No Itaqui essa operação é realizada pela Transpetro, que
recebe o GLP dos navios e armazena em esferas gigantes de cerca 18 m de
diâmetro, 20 m de altura e capacidade para armazenar até 3.200 m³. Depois o gás
é transferido diretamente para os reservatórios de duas distribuidoras
autorizadas, instaladas a 5 quilômetros do porto. Nessas empresas o gás é
envasado em botijões e distribuído para o comércio varejista local e também
para o Piauí (80% do abastecimento daquele estado sai pelo Maranhão).
Nessa crise federal, a garantia de abastecimento de
combustíveis demonstra a importância do Porto do Itaqui para o estado do
Maranhão. Sua capacidade de armazenamento e infraestrutura, associada à
eficiência multimodal, têm sido fundamentais na força-tarefa do Governo para
minimizar os impactos negativos desse momento.
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