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Imagem ilustrativa |
Com base em uma série de vistorias que vêm sendo
realizadas desde abril, a 2ª Promotoria de Justiça de Viana, da qual o
município de Cajari é Termo Judiciário, realizou, em 7 de junho, inspeções em
duas escolas municipais para verificar os estoques e condições da merenda
escolar. Os trabalhos são coordenados pelo promotor de justiça Gustavo de
Oliveira Bueno.
Foram vistoriadas as escolas Nossa Senhora de Lourdes, no
bairro Tamancão, e Cirene Abreu Serra, no Centro, ambas em Cajari.
Na primeira escola, que atende 302 alunos, o estoque de
merenda era suficiente para o período de quatro semanas. Foram encontrados
gêneros alimentícios não perecíveis ou industrializados, entre eles feijão,
macarrão, biscoitos, pacotes de mistura para preparo de risoto de frango e de
carne, mingau de tapioca, suco de caju concentrado. Porém, não foram
encontrados alimentos “in natura”, como frango e carne.
Em seguida, a Escola Municipal Cirene Abreu Serra, que
atende 380 alunos, foi inspecionada. O Ministério Público constatou o
abastecimento somente com alimentos não perecíveis ou industrializados, a
exemplo de arroz, pacotes de biscoito, suco de caju concentrado, leite em pó,
óleo de cozinha, macarrão, sardinha, mistura para preparo de risoto de frango e
de carne, mingau de tapioca e achocolatado.
A unidade escolar dispõe de um freezer mas não havia
alimentos como frango, carne ou polpa de fruta. Segundo a diretora da escola,
Rosilda Rocha, estes produtos não foram entregues em junho mas foram entregues
no mês anterior.
Segundo o relatório de inspeção do Ministério Público, o
estoque de gêneros alimentícios nas duas escolas está na quantidade adequada,
porém é notória a ausência de alimentos 'in natura' como carne, frango e outros
alimentos naturais a exemplo de polpa de frutas.
De acordo com o promotor de justiça Gustavo Bueno, os
alimentos encontrados nas escolas são, em sua quase totalidade, constituídos de
industrializados, os quais têm percentuais reduzidos de nutrientes,
prejudicando, dessa forma, a saúde dos alunos que os consomem diariamente.
Como medida, a Promotoria de Justiça instaurou Inquérito
Civil para apurar as irregularidades e notificar o Poder Executivo municipal.
Para regularizar a situação, são necessárias providências por parte da
Prefeitura de Cajari a fim de incluir no cardápio escolar alimentos “in
natura”. Nesse sentido, é fundamental que o Município adquira a produção de
agricultores locais, pois além de contribuir para uma alimentação saudável,
será fonte de renda para os agricultores da cidade.
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