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Antônio José Messias |
Do G1
A
polícia prendeu na quinta-feira (26), em Davinópolis, o empresário Antônio José
Messias pela suspeita de ser um dos mandantes da morte de Ivanildo Paiva (PRB),
que era prefeito do município de Davinópolis, a 663 km de São Luís.
Segundo
o delegado Praxísteles Martins, responsável pelo caso, a prisão de Antônio José
Messias aconteceu em cumprimento a um mandato de prisão preventiva que será
válido por 30 dias. Ele acrescentou que a polícia chegou a participação do
empresário por meio de denúncias anônimas e também após o depoimento dos outros
envolvidos que atualmente já se encontram presos pelo crime contra o prefeito
de Davinópolis.
“Nós já havíamos recebido algumas denúncias
anônimas dando conta da participação dele nessa empresa criminosa. Nós já
havíamos feito algumas pesquisas, algumas diligências para buscar mais
elementos para formar essa convicção da participação dele nesse crime. No
entanto, até então, nós não tínhamos conseguido ainda ligar o Messias a esse
crime. Com a prisão dos primeiros investigados, nós ouvimos todos eles e depois
reiquerimos alguns, fizemos acariações e dessas diligências emergiu a
participação do Messias. Um dos investigados apontou o local onde houve
encontro com o Messias. Com isso, na última segunda-feira (24), nós fizemos a
representação por busca e apreensão e pela prisão temporária do Messias. O juiz
plantonista deferiu com o parecer favorável do Ministério Público e na tarde de
ontem nós cumprimos as buscas e a ordem de prisão”, relatou o delegado
Praxísteles.
Ainda
de acordo com o delegado, durante as buscas na residência de Antônio José os
policiais encontraram vestígios de documentos que comprovavam a participação
dele na morte do prefeito de Davinópolis. “Cabe o destaque o fato de que em um dos
pontos em que foram realizadas as buscas no dia anterior o investigado havia
destruído uma série de documentos, havia incendiado esses documentos
provavelmente com o intuito de destruir provas que pudessem confirmar ainda
mais sua participação no crime”.
Sobre
a motivação do crime, o delegado responsável pelo caso contou que houve
interesse econômico e político, pois Antônio José Messias já tinha sido
candidato a vereador duas vezes por um grupo de oposição a Ivanildo Paiva e
acabou não sendo eleito. “O Messias ele foi candidato duas vezes a vereador. A
época a agremiação pela qual ele concorria era uma coligação que era ligada ao
grupo do então prefeito Chico do Rádio e concorreu duas vezes e não foi eleito,
e continuou a sua vida social e política em Davinópolis. Então existem
interesses empresariais por trás dessa morte e interesses políticos, não há
dúvida alguma”.
O
delegado Praxísteles Martins disse que o crime foi planejado três meses antes
da morte de Ivanildo Paiva e a participação de Antônio Messias foi estratégica,
já que ele foi responsável por selecionar os envolvidos de executar o crime.
Praxísteles afirmou que a investigação continua até a prisão do principal
mandante.
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Local onde o corpo do prefeito foi encontrado |
“Esse
crime ele vem sendo montado há pelo menos três meses antes da morte do prefeito
Ivanildo Paiva. Imbuídos nesse propósito de matar o prefeito essas pessoas
foram sendo arregimentadas aos poucos e o Messias foi peça fundamental para
arregimentar essas pessoas. Algumas delas, inclusive captadas por ele,
desistiram de cometer esse crime e outras aceitaram e nessa trama. Outras
pessoas foram sendo envolvidas com esse propósito de assassinar o prefeito. Até
que no dia dez de novembro o crime foi praticado, foi consumado. A gente agora
tem um passo importante a ser dado. Algumas informações a gente ainda mantém em
sigilo para que o próximo passo seja frutífero assim como todos foram até o
momento. Então, a gente acredita que em breve a gente vá fechar toda essa
investigação com a prisão do mandante desse assassinato”, finalizou o delegado.
Além
de Antônio José Messias, já haviam sido presos mais outros seis homens por
serem suspeitos de participar do crime. Dentre eles, estão dois policiais
militares, sendo um do Maranhão e outro do Pará.
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Ivanildo Paiva |
Morte
de Ivanildo Paiva
De
acordo com as investigações, no corpo de Ivanildo haviam marcas de tortura e
cerca de sete disparos causados por arma de fogo. O delegado regional de
Imperatriz, Eduardo Galvão, também diz que o prefeito informou à família que
iria dormir na fazenda, onde ele costumava ir para descansar.
O
corpo de Ivanildo Paiva foi sepultado na manhã do dia 13 de novembro, no
Cemitério Campo da Saudade, em Imperatriz, a 626 km de São Luís.
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